quinta-feira, 6 de novembro de 2008



Entidades negra na luta social

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Ex-secretária de Educação analisa lei de ensino sobre a África e povos indígenas nas escolas


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Oficina afro orienta estudantes contra preconceito


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Segundo especialistas, o extermínio da população negra ainda mantém relações estreitas com conceitos como “limpeza étnica” e “ tendência à criminalidade"


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Conheça um jornal dos países Lusófono


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Penteado Afro: Cultura,Identificação e Profissão

Olívia Santana:

Ex-secretária de Educação analisa lei de ensino sobre a África e povos indígenas nas escolas

Jaqueline Barreto

Militante histórica das causas negras e até bem pouco tempo secretária Municipal de Educação de Salvador, Maria Olívia Santana - “A negona da cidade” - atualmente atua atualmente como vereadora (PC do B) e integra o Fórum das Mulheres Negras e o Conselho de Promoção da Igualdade Racial. Filha de uma empregada doméstica com um marceneiro, ela nasceu em uma família pobre, na invasão de Ondina, onde teve uma infância de carência extrema.

Começou a trabalhar como faxineira, aos 14 anos, em uma escola para auxiliar no orçamento familiar. Sua história sofreu a primeira grande mudança em 1987, quando passou no vestibular da Universidade Federal da Bahia (UFBA) para pedagogia e deixou o emprego de faxineira do Colégio Universo do Guri para dedicar-se aos estudos. Já na graduação, ingressou no movimento estudantil através de inserções no diretório de educação e no Diretório Central dos Estudantes da UFBA.

Em homenagem ao mês da Consciência Negra (Novembro Negro), discorre sobre a importância da implementação da antiga lei 10.639/03 ( atual 11.645) que torna obrigatório o ensino sobre a história africana e indígena nas escolas públicas e privadas brasileiras, mas ainda é uma realidade distante de muitos estudantes da capital baiana.


Jaqueline Barreto - A lei 10.639, que prevê o ensino da história africana e afro-brasileira nas escolas, funciona como um contraponto a uma historiografia marcada pelo etnocentrismo no Brasil?

Olívia Santana - A lei 10.639 é uma conquista do movimento negro. Foi uma lei sancionada pelo presidente Lula em 2003. E que eu tive a felicidade de implementar em Salvador em 2005, quando fui secretária de Educação (ela deixou o cargo em 2007 porque seu partido, o PC do B, rompeu a aliança com o prefeito peemedebista João Henrique Carneiro). Na verdade, representa o desafio de reeducar toda a sociedade e não, apenas os negros, para que se conheça a verdadeira trajetória dos povos negros na construção da sociedade brasileira. É uma lei de ressocialização da nossa sociedade soteropolitana e brasileira.

Jaqueline Barreto - Como você avalia a implementação da lei no país?

Olívia Santana - Ainda precisa um investimento maior, por parte do Ministério da Educação, no que diz respeito à implementação da lei 10.639. A gente precisa de uma ação mais arrojada do MEC (Ministério da Educação), no sentido de prover material didático que possa alicerçar a prática educacional. É necessário que a lei entre na agenda política sindical. Os sindicatos dos educadores precisam também incorporar melhor essa bandeira. Esse é um movimento que não tem volta. A roda da história tem que mover no sentido de superar os preconceitos e as discriminações, a fim de garantir uma educação favorável à promoção da igualdade.

Jaqueline Barreto - Quais as principais dificuldades para a implementação da lei?

Olívia Santana - A formação do educador é o problema mais estratégico. Nós estamos com educadores que tiveram uma formação totalmente contrária ao que a gente quer que eles ensinem agora. Trabalhar com a lei significa mexer com a mentalidade, significa garantir que os professores estejam abertos a mudar a sua forma de pensar o negro na sociedade brasileira. E isso só se faz com investimento maciço em formação profissional.

Jaqueline Barreto - Se nós tivéssemos uma história norteada pelo paradigma da diversidade cultural, seria mais fácil lutarmos contra a exclusão social e os antagonismos que perpassam a sociedade brasileira?

Olívia Santana - Com certeza, sim. Mas não é isso que nós temos. A nossa situação é totalmente contrária. Nós tivemos uma sociedade marcada pelo colonialismo, pelo escravismo. O Brasil é um país jovem, com 507 anos constituídos enquanto Brasil. Um país que foi, e é, fruto dos massacres dos povos originais, chamados de povos indígenas. Um país que se fez pilhando parte das populações africanas, das mais diversas partes daquele continente. Então, um país que tem tudo isso em sua gênese, obviamente, vai ter perturbações no seu presente. Nós precisamos acertar as contas com nossa história.

Jaqueline Barreto - Como se dá a relação entre racismo e ambiente escolar?

Olívia Santana - Na verdade, o racismo contamina todo o ambiente escolar: as relações entre professor-aluno, professor-aluno-funcionário, direção-professor-aluno-funcionário. A gente precisa de um gestor que comande uma política de promoção da igualdade racial. Tanto o secretário do município, Ney Campelo, como o secretário Ademir Sales, têm elementos importantes de abertura em relação a essa temática. Agora, é preciso que ocorram investimentos orçamentários, vontade política para mover projetos de mudança estrutural na educação. Pois, só assim, podemos debelar a chaga do racismo.

Jaqueline Barreto - O que o professor pode fazer para reverter esse quadro na sua escola?

Olívia Santana - É preciso repensar todo o ambiente escolar e avaliarmos a maneira como um professor olha um aluno negro, como trata esse aluno negro. Precisamos parar também com a violência simbólica de negar a história. Parar com a violência simbólica no momento em que faz um afago a um aluno branco e é incapaz de fazer um elogio a um aluno negro; que diz que uma menina branca é princesa, é anjo, e trata uma menina negra com omissão, silêncio. Parar de servir apenas como reforço de apelidos impertinentes e desqualificantes e de alimentar nela o desejo de exercer uma profissão de baixo prestígio social. Isso tudo colabora para a internalização do racismo.

Jaqueline Barreto - O racismo facilita o processo de evasão escolar dos estudantes negros?

Olívia Santana - É lógico que o racismo é um componente para a geração de notas baixas e evasão escolar. Fica aqui o desafio de realização de uma pesquisa sobre o peso do racismo na evasão escolar, sobre como ele faz com que o aluno negro não se sinta confortável na escola.

Jaqueline Barreto- Como o racismo se manifesta na escola?

Olívia Santana - Um exemplo é o jovem que é do candomblé e não pode se assumir como tal, por ser geralmente objeto de críticas e de brincadeiras desagradáveis, e tem um professor que é evangélico e fica querendo convertê- lo. Eu sempre digo que a escola é laica, porque o Estado brasileiro é laico. Portanto, temos que reproduzir essa relação, pois o respeito às religiões significa assinar embaixo da Constituição Federal. E a Constituição é um fato, é algo que rege e orienta as ações dos funcionários públicos como os professores da rede pública. Eles devem entender que, quando entram nas escolas, precisam deixar a Bíblia do lado de fora, porque a escola é o lugar onde ele vai realizar o ato de instruir os seus alunos e não, fazer catequese recebendo mensalmente um salário. A catequese a gente faz na igreja, no nosso templo religioso, e não, no ambiente da escola.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008


Elton Martins


Quem quiser ler um jornal on line o Jornal de Angola é uma boa indicação. O veículo faz parte dos países Lusófono que falam a língua portuguesa. O jornal é muito parecido com os brasileiros e muito interessante. Ele é dividido por variadas editorias como: Política, Economia, Regiões, Desporto, Cultura e Opinião. Não esquecendo das editorias de Reportagem, Entrevista e Roteiro e o espaço chamado de Genérico onde é possível ver o expediente do jornal divididos em editorias.

Interessante é editoria de opinião disponível na página do Jornal é um espaço onde possui A palavra do diretor, Falou e disse, Espaço ao Leitor e também a artigos. Também tem a editoria de colunas onde nela é possível ver citações e gente.

A página on line do jornal é bem similar as do Brasil onde é disponível a parte de Serviços, câmbio e previsão do tempo e é claro que você pode dar um giro pelo mundo só digitar o nome da cidade na busca.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008




Oficina afro orienta estudantes contra preconceito

Por Jaqueline Barreto

Som do tambor, música que nos remete à África. Indumentária e artefatos típicos da cultura afro-brasileira. Movimentos corporais que servem de alusão às danças dos orixás. Cabelos blacks ao vento. São elementos utilizados pelo grupo de teatro Omi-dùdú Artes em uma viagem histórica proporcionada a estudantes e professores de escolas públicas da capital baiana, através de oficinas de cultura afro realizadas gratuitamente neste ano de celebração de 120 anos da abolição da escravatura.

Em parceria com a Fundação Cultural Palmares, a instituição promove nos colégios espetáculo teatral, debates, exposição de vídeo, desfile de moda afro, oficinas de trançados e vestimentas africanas para estimular a conscientização e propiciar diversão ao público. A organização pretende atingir 30 mil pessoas no Estado, através de sessões com duração média de três horas. A cada dia, uma unidade é visitada.

No evento, o passado colonial mistura-se à realidade do século XXI, as mazelas históricas são associadas ao descaso social sofrido por negros na contemporaneidade, em busca da afirmação da identidade étnica. “Usamos o signo teatral para discutir a questão racial. Utilizamos o teatro como fonte de conscientização, como elemento de transformação da realidade do negro no Brasil”, frisa o ator e instrutor teatral Léo Santos, também coordenador do grupo Omi-dùdú Artes.

Para ele, a temática é de extrema relevância na busca pelo resgate da história e cultura afro-brasileira. “Além de abordamos sobre a lei 10.639/03 (substituída este mês por uma outra, que prevê o ensino da história e cultura indígena, além da afro-brasileira, nas unidades de ensino médio e fundamental), chamamos atenção sobre as várias formas de racismo, abrimos um leque também para discutir sobre a inserção do negro na mídia”, explica.

A diretoria do Colégio Estadual Renan Baleeiro, localizado no bairro de Águas Claras, assegura que projetos desta natureza são bem-vindos e, inclusive, auxilia na geração de políticas públicas para o segmento. As influências já podem ser sentidas. “Com a oficina, a gente aprende a não discriminar ninguém por causa da cor da pele. Eles falaram sobre os apelidos que se colocam em nós negros nas escolas, mostraram como a escola reproduz muito o racismo”, conta Neisiane da Silva, 13 anos, estudante da 6° série no Colégio Antonio Carlos Magalhães, em Periperi (Subúrbio).

O tema chega, também, aos professores. Adriana Virma, 34 anos, é um exemplo. Professora de geografia do Colégio Estadual Edson Souza Carneiro, em São Caetano, destaca o enriquecimento cultural proporcionado pelo projeto e afirma que conheceu o comportamento racista da ciência durante o século XIX. “Desconhecia o papel desempenhado pelos cientistas naquela época. Não sabia que eles queriam legitimar o racismo através de análises científicas”, frisa.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Hipertexto

Jaqueline Barreto
Elton Martins

A matéria tronco é “Justiça condena google a indenizar mulher chamada de” louca” no orkut”. O link “Kassab faz seu “próprio orkut” dentro do site da campanha”, caracteriza-se como link de exemplificação e particularização. Este é conceituado como um link que utiliza a construção de personagens e individualizações como ferramentas na busca de maior compreensão dos acontecimento relatados.

Brasil pode cobrar indenização da Bolívia por redução no fornecimento de gás, diz ministro”. O link é “Leia o que já foi publicado sobre Evo Morales”, configura-se como link de memória. O referido link possui um caráter de memória, pois remete o leitor a textos escritos anteriormente sobre a temática abordada.

" Evo diz que Brasil ajudará na luta contra grupos armados da Bolìvia". E o link Presidente boliviano afirma que Lula prometeu enviar o ministro da defesa para ação conjunta, configura-se como um link de detalhamento. Ao apresentar a declaração, possibilita uma maior elucidação do acontecimento.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Juventude negra é alvo da
onda de violência em Salvador

Segundo especialistas, o extermínio da população negra, ainda mantém relações estreitas com conceitos como “limpeza étnica” e “ tendência à criminalidade”

Jaqueline Barreto

Magia. Luzes e cores que se alternam. Acrobacias e muitas surpresas são ingredientes indispensáveis ao universo circense. O colorido do circo e seu mundo de fantasias e ilusões, na noite de 22 de janeiro de 2008, chegaram ao fim para Ricardo Matos dos Santos (foto). Garoto de 21 anos, que desde 1997 integrava a equipe do Circo Picolino, e na época havia sido encaminhado para o Le Cirque,Companhia nacional, foi assassinado com oito tiros, quando jogava futebol com amigos na comunidade do Bate Facho( Boca do Rio).

Esse é apenas mais um caso da violência policial na capital baiana. De acordo com o Instituto Médico Legal Nina Rodrigues, em 2004, das 706 vítimas de homicídios em Salvador, com idade entre 15 e 29 anos, 699 eram negros e 7 brancos. Ou seja, um jovem negro tem 30 vezes mais chances de ser o próximo nome na lista das vítimas que um jovem branco.

O perfil das vítimas então se torna claro: Jovem, negro, morador da periferia, com baixo grau de escolaridade. Infelizmente, esse cenário, não se restringe à realidade soteropolitana. Segundo dados da (Organização dos Estados ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) no Brasil, a taxa de homicídios de negros é 74% superior a de brancos. “O jovem negro é considerado de antemão como um perigoso em potencial”, destaca Márcia Canário, assessora internacional da SEPPIR (Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial).

O quadro desenhado pela violência policial contemporânea lembra estudos realizados por médicos criminalistas durante o Séc. XIX, como o italiano Césare Lombroso e o maranhense Nina Rodrigues. Lombroso, em seu livro “O homem delinqüente”, partiu do postulado de que a partir da análise de algumas características físicas poderia se constatar a propensão da pessoa à criminalidade. Presença de tatuagens no corpo, dimensões do crânio, mandíbula e assimetrias na face eram alguns exemplos de evidências de um possível criminoso.

Nina Rodrigues, da Faculdade de Medicina de Salvador e seguidor das idéias de Lombroso, em seu livro “As Raças Humanas e a Responsabilidade Penal”, destacou a necessidade de se ter códigos penais distintos para os grupos étnicos. Para ele, os negros deveriam obedecer a um código penal diferente dos brancos.

E, nesse contexto de “laboratório Racial”, o racismo encontrou força no carimbo da ciência. Os homens negros foram apontados como elementos de alta probabilidade ao crime. Segundo a Secretária Marília Muricy, no Brasil, de 86% dos presidiários, aproximadamente 70% são negros. Esse dado para ela, diferente dos cientistas da época, revela a exclusão social marcada pelo recorte racial.

Muricy destaca que a repressão penal associada a uma desigualdade é extremamente seletiva e alcança em seu preferencial os afro-descendentes. “Será que nós temos que conceber a questão da segurança pública apenas pelo viés de um maior policiamento e um aumento no número de carceragens? Ou nós temos que pensar sob a perspectiva da cidadania. Sob a perspectiva de políticas públicas que beneficiem as regiões periféricas?”, questiona.

De acordo com Maria Aparecida Silva Bento, diretora do Centro de Estudos de Relações de Trabalho (CEERT) São Paulo e co-autora do livro Psicologia Social do Racismo, a auto-estima é um fator fundamental que deve ser pensado neste contexto de violência. O processo de aceitação da identidade está relacionado a uma construção histórica. “Porque este corpo negro me faz sofrer tanto? Aí, ou eu brigo com o meu corpo, com o meu cabelo, com a minha condição de ser negro, ou eu brigo com a sociedade. Desrespeito às leis, pois é essa sociedade que me marginaliza”, pontua.

Segundo Aparecida, qualquer projeto que vise amenizar as desigualdades sociais, não deve se restringir à camada excluída, atingindo também as classes média e alta da sociedade. “Quando se tem uma elite que não se vê parte de uma comunidade, essa elite também deve ser introduzida ao projeto. Nós temos uma relação que se dá entre brancos e negros e que deve ser compreendida entre ambos. A elite precisa aprender o significado de ser branco”, enfatiza.

Em “O Espetáculo das Raças”, Lilia Mortitz Schwarcz, ressalta o papel desempenhado pelas teorias raciais durante o Séc. XIX. Análises científicas serviram como justificativas para o racismo da época. A autora destaca, por exemplo, a dimensão da teoria formulada por Charles Darwin em “A origem das Espécies” nas áreas das Ciências Sociais. Conceitos como “seleção do mais forte”, “competição”, “evolução” e “hereditariedade” tornaram-se corriqueiros para “aqueles homens da Ciência”.

O racismo com o batismo da ciência não parou por aí. Em 1883, o cientista britânico Francis Galton, deu origem ao termo “eugenia” ( Eu: boa;genus:geração). Ou seja, a “boa geração” deveria ser composta apenas pelos indivíduos considerados como “puros” assim, quem não se enquadrasse nos padrões estéticos “europeus”, deveria ser eliminado do contexto social.

Para o Deputado Federal Luiz Alberto, a sociedade atual ainda sofre resquícios dessas ideologias. “A mão-de-obra que há 350 anos ajudou a construir esse país é o principal alvo desse extermínio. Nós somos as vítimas preferenciais da violência urbana”, frisa, destacando que “quando um cidadão não tem acesso à educação, à saúde, isso acaba desagregando o tecido social e uma parcela da população acaba achando que essa população deve ser eliminada”.

O Secretário de Segurança Pública do Estado da Bahia, César Nunes, salienta que cabe aos poderes públicos averiguarem as causas dessa violência urbana. “Segurança pública não é polícia. Temos vistos graves violações aos direitos humanos em nosso estado. Temos que entender que repressão não traz segurança. Apenas a educação pode amenizar essa situação”. Concluiu durante o Seminário Segurança Pública e Responsabilidade de Todos Nós, promovido pela SEPROMI, no Centro de Convenções, Salvador.

terça-feira, 19 de agosto de 2008



Penteado Afro: Cultura,Identificação e Profissão



A Cabeça une o mundo contemporâneo à ancestralidade. A cabeça é uma identificação e com através dela é possível distingue os povos da sociedade. A identidade negra esta intricada ao perfil estético do afro-descentes. O cabelo Black Power ou as transas são formas de levantar a alta extima e serve de afirmação do negro com seu povo. Quem usa não reclama e diz que a transa levanta a alto estima, não só da mulher como também do homem negro.
Desempregada há cinco anos a trançadeira Marly de Souza Cruz, 26, viu a trança como forma de ganhar um dinheiro extra. Ela afirma que é um prazer desenvolver essa atividade, para ela o que faz é um trabalho artístico.
Há depender da trança ela leva de cinco a três horas fazendo, ela diz, que depende da pessoa “Tem algumas pessoas que tem o cabelo cheio ai demora um pouco” afirma.

Fiz com ela algumas pergunta uma espécie de ping-pong:

Pergunta: A partir de quantos centímetros é possível trançar os cabelos?

Resposta: Olha depende, tem cabelos com 4 centímetros é possível trançar.

Pergunta: Depois de trançar o cabelo é necessário o uso de algum produto para manter as tranças?

Resposta: Só pessoas com cabelo liso é recomendado que use um creme ou cabelo para manter as tranças. Já quem tem cabelo crespo eu digo que ñ use nada só ao dormi use uma toca para não bagunças os cabelos ao dormi.

Pergunta: Quanto tempo pode durar as tranças?

Resposta: Depende muito do crescimento do cabelo e do tipo do penteado. O mega trança dura em media de 2 a 3 meses, já a trança rasteira dura em media é 7 a 15 dias. Como disse em cima a dica é dormir com uma touca.

Pergunta: É possível lavar os cabelos depois de trançados?

Resposta: Sim, claro. Eu recomendo que lave os cabelos com shapoom e tenha muito cuidado com o coro cabeludo. Porque depois de trançar o cabelo fica muito sensível e pode machucar por isso o indicado é massagear com os dedos e com cuidado.

Pergunta: Como são o nome das tranças e qual é a, mas pedida?
Resposta: Olha existe inúmeros tipos de trança têm a nagô, também chamada de rasteira geralmente são os homens que fazem esse tipo de penteado. Tem o mega trança que é feito com a fibra sintética o canekalon, o dred estilo dos regaaeiros.

quinta-feira, 10 de julho de 2008


Entidades negra na luta social

Salvador capital com 80 % da população de origem africana.


Os blocos afros são verdadeiras armas políticas contra exclusão social em nosso país. Há mais de três décadas essas instituições funcionam como um pólo irradiador de lutas conta o preconceito e desrespeito a comunidade negra de salvador. O grupo Olodum mesmo sendo bloco carnavalesco tem preocupação com o cunho social. A banda mirim olodum e a escola criativa têm como principal epicentro integrar crianças e adolescentes que passam por riscos sociais. Salvador é uma capital com 80 % da população de origem africana. Aqui a arte e a cultura é forte e importante fonte de geração de renda através do turismo, contribuindo para construção da identidade nacional e preservação cultura baiana, e através da dramatização, da música, da dança são formas de combater comportamentos racistas e opressivos em nossa sociedade.

Em média, a Escola Olodum tem quatro turmas, duas pela manhã e duas à tarde a fornecendo cursos, como aulas de dança, percussão,canto e informática totalizando 80 alunos em cada turma. No momento da inscrição os beneficiados têm que comprovar que são oriundos de escola publica, para posteriormente passarem por um processo avaliativo. “O mercado de trabalho hoje exige o curso de informática, o fato de o curso ser gratuito é muito importante porque diminui as despesas de casa”. Diz o estudante Willian Silva de Souza Ferreira, de 13 anos participante do curso profissionalizante de informática realizado as terças e sextas, com duração de 3horas aula,durante o período de um ano, o aluno também participa do curso Profissionalizante de Informática, Willian sonha em um dia esta inserido no mercado de trabalho.

Através de manifestações, seminários e cursos profissionalizantes estes blocos tentam amenizar as clivagens sociais.
A necessidade dos negros de terem elementos de luta contra a desigualdade social, é o princípio norteador da formação desses blocos. Os índices dos homicídios, roubos, analfabetismo, constatam a exclusão desse grupo étnico. O sentimento de revolta e de indignação se torna comuns nessas pessoas por se considerarem vítimas de uma ideologia etnocêntrica e eurocêntrica.

Em repúdio a esse etnocentrismo,em novembro de 1974, surgiu o bloco Ilê Aiyê alicerçado na idéia de união e luta pela preservação cultural africana. A escola mãe Hilda com pagamento de professores, material didático, uniforme das crianças e alimentação, são uma das formas de se combater as diferenças sociais. A escola comunitária possui atualmente 75 crianças estudando da alfabetização a 3° serie do 1° ciclo do ensino fundamental, distribuído nos dois turnos diurnos. Localizada na Senzala do Barro Preto, na Liberdade/Curuzu, onde se localiza o maior bairro de população negra do país, encontramos a escola mãe Hilda com duas áreas de lazer cobertas, 04 salas de aula com mais de 50m², refeitório, sala de direção, secretaria, sala dos professores, sanitários específicos, uma biblioteca com cerca de 100m². O processo de autorização do funcionamento da escola está tramitando na Secretaria de Educação do Estado. O Ilê ao adotar um projeto de expansão pedagógica desenvolve cursos profissionalizantes, como de informática e ajudante de cozinha. O movimento negro com esses projetos sociais tenta eufemizar os reflexos do capital.

O que se critica é a omissão do governo com a questão racial.”O comandante que estiver lá,vai ter que ouvir nossas reivindicações, senão estaremos levantando bandeiras contra ele,seja ele direita, esquerda ou centro’’, diz o secretário e diretor de eventos do bloco malê debalê Miguel arcanjo. Ainda com sentimento de indignação o diretor enfatiza,“ Não queremos governo dos negros, não queremos paternalismo, não queremos assistencialismo,queremos é justiça social’’.


De acordo com Nem Tatuagem, vocalista do bloco Muzenza, o bloco em 1991 realizava projetos sociais em parceria com o projeto axé. Devido à falta de apoio e patrocínio esses projetos foram interrompidos. O bloco este ano está com intuito de voltar a desenvolver projetos no bairro da Liberdade com cursos de informática, percussão e voz tentando contruir um meio de sociali.

O movimento negro apresenta como solução para esse antagonismo social, uma melhor distribuição de renda, maior acesso a educação e maiores oportunidades de emprego, assim,o Brasil ao invés de ser modelo de condições díspares de vida,será um representante legítimo de suas múltiplas experiências culturais.

Elton F S M Conceição

contatos

Elton martins- e_jor@hotmail.com
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